Saiba a diferença entre baldeação e integração e veja como isso impacta a gestão do Vale-Transporte

Criado em: 27 de maio de 2022Atualizado em: 29 de janeiro de 2024Categorias: Gestão, Vale-Transporte6 min de leitura

Conhecer as diversas características que fazem parte do transporte público e a forma como as pessoas transitam por suas cidades, faz muita diferença no dia a dia do RH. Na hora de gerenciar o Vale-Transporte, por exemplo, o conhecimento pode fazer uma grande diferença para que a empresa consiga oferecer uma boa opção de transporte associada a um excelente custo-benefício.

Porém, geralmente, os profissionais que gerenciam o benefício possuem muitas dúvidas sobre o tema e isso acaba complicando a rotina de trabalho e gerando gastos desnecessários para a empresa. Um dos questionamentos mais comuns é o seguinte: qual a diferença entre baldeação e integração?

Os dois conceitos são bem semelhantes, mas, neste artigo vamos esclarecer os detalhes sobre cada um deles e mostrar como você pode aproveitar esta informação da melhor maneira possível.

Qual a diferença entre baldeação e integração?

A principal diferença entre estes dois conceitos é que a baldeação, representa, apenas, a transição entre um transporte e outro. Um excelente exemplo, é quando uma pessoa sai de uma linha do metrô em São Paulo e entra em outra, que está conectada com aquela primeira linha, sem pagar nenhum valor adicional por isso.

Já a integração, permite o uso de diferentes meios de transporte público por um período de tempo previamente convencionado, de modo a evitar que o passageiro pague duas ou mais tarifas para realizar um percurso, como o de ida ou volta ao trabalho. Vale lembrar que no caso da integração sempre haverá a necessidade de utilizar o cartão (sistema de bilhetagem eletrônica), como por exemplo o Bilhete Único, para validar a transição entre um transporte e outro.

Outro exemplo prático e sutil pode ser notado quando é realizada a troca de um ônibus dentro ou fora de um terminal. Quando há integração tarifária apenas dentro do terminal, a pessoa embarca no segundo ônibus sem custo. Mas se ela embarcar no segundo ônibus fora do terminal ela fará uma baldeação e não uma integração.

Como isso impacta a rotina de trabalho do RH?

Agora que já entendemos a diferença entre baldeação e integração, a grande pergunta é a seguinte: como isso impacta a rotina do RH? Atualmente, em cidades como São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba e Recife, mais de 40% das pessoas realizam duas baldeações por viagem. Em muitas outras cidades como Porto Alegre e Brasília, este número ultrapassa os 30%.

Acontece que em muitos destes casos existem integrações que tornam o valor total da passagem mais barato e, caso a empresa não tenha essa informação, acaba realizando a compra do valor cheio para o VT do colaborador e, consequentemente, desperdiçando uma verba que poderia ser alocada em outras ações da organização.

Exemplo de integração ônibus e metrô na cidade de São Paulo

Atualmente (2024), o valor da passagem para ônibus, metrô e trem (Vale-Transporte) está custando R$ 4,83 e R$ 5,49, respectivamente. Para o nosso exemplo, vamos imaginar um funcionário que realiza o trajeto de ida e volta do trabalho e, para isso, precisa pegar um ônibus e um metrô.

Valor cheio (sem levar em consideração a integração):

  • Ônibus: R$ 4,83
  • Metrô: R$ 5,49
  • Total (ônibus + metrô) sem integração: R$ 10,32.

Somando o trajeto de ida e volta, o valor diário ficaria em: R$ 10,32 x 2 = R$ 20,64.

Valor com a integração:

  • Ônibus + Metrô (com integração): R$ 9,84.

Somando o trajeto de ida e volta, o valor diário ficaria em: R$ 9,84 x 2 = R$ 19,68.

Sendo assim, o valor de economia diária, com apenas um colaborador, seria de:

  • R$ 20,64 – R$ 19,68 = R$ 0,96.

A princípio, esta quantia pode parecer pequena, mas, dependendo do perfil da sua empresa, isso pode ter uma representatividade significativa no período de um ano.

Por exemplo: em uma empresa que trabalha, aproximadamente, 22 dias no mês e possui 50 usuários de Vale-Transporte que realizam este trajeto, a falta de informação sobre essa integração representaria um desperdício mensal de:

  • R$ 0,96 x 22 x 50 = R$ 1.056,00

Ao fim do ano, este valor já irá representar uma perda de:

  • R$ 1.056 x 12 = R$ 12.672.

Ou seja, sem o devido conhecimento, a probabilidade de haver gastos desnecessários na hora de comprar o Vale-Transporte é altíssima.

Por isso, é muito importante que o seu time tenha a informação correta e utilize as melhores ferramentas do mercado para realizar o trabalho de forma adequada. Isso vai facilitar a vida dos colaboradores e gerar uma excelente economia para sua empresa.

Exemplo de integração na cidade de Recife

Outro exemplo muito interessante acontece no munícipio de Recife, onde a cidade é dividida pelas letras “A, B, G e Metrô” e a integração ocorre apenas dentro dos terminais integrados.

Por exemplo: utilizando as linhas da letra “A” paga-se o valor de R$4,10 e dentro do terminal você consegue utilizar as letras “B, G ou Metrô”de forma gratuita.

Para o nosso exemplo, vamos imaginar um funcionário que realiza o trajeto de ida e volta do trabalho e, para isso, precisa pegar dois ônibus da letra “A”. Se o colaborador trocar de ônibus dentro do terminal, valerá o valor com integração. Mas, se trocar de ônibus fora do terminal, valerá o valor cheio.

Valor cheio (sem levar em consideração a integração): Ônibus “A” R$ 4,10 + Ônibus “A” R$ 4,10 = R$ 8,20. Somando o trajeto de ida e volta, o valor diário ficaria em R$ 8,20 x 2 = R$ 16,40.

Valor com integração (dentro do terminal): Ônibus “A” R$ 4,10 + integração ônibus “A” R$ 0,00 = R$ 4,10. Somando o trajeto de ida e volta, o valor diário ficaria em R$ 4,10 x 2 = R$ 8,20.

Desta forma, o valor de economia diária, com apenas um colaborador, seria de R$ 8,20.

Neste caso, em uma empresa que trabalha, aproximadamente, 22 dias no mês e possui 50 usuários de Vale-Transporte que realizam este trajeto, a falta de informação sobre essa integração representaria um desperdício mensal de R$ 9.020,00. Ao fim do ano, este valor já irá representar uma perda de R$ 108.240,00.

Como automatizar este processo e facilitar a vida do time de benefícios

Nos dias de hoje, além de entender a importância da baldeação e integração para calcular o Vale-Transporte corretamente, é fundamental também encontrar formas de automatizar a gestão do benefício para aumentar a eficiência da sua equipe.

Por exemplo, com a Assessoria de Vale-Transporte, nossos clientes têm acesso a atualizações automáticas de linhas, tarifas e integrações. Dessa forma, não precisam se preocupar com o acompanhamento constante dessas informações e podem aplicar seu tempo em outras demandas importantes, que antes acabavam ficando de lado.

Além disso, a automação do processo permite que o seu RH profissionalize sua dinâmica de trabalho e garanta mais assertividade e eficiência na gestão e compra do Vale-Transporte de seus funcionários.

Por isso, se você está buscando soluções para abandonar os processos manuais relacionados ao VT na sua empresa, converse com um de nossos especialistas e entenda como a nossa plataforma pode contribuir para a formação de um RH mais estratégico que colabora com os resultados da empresa. Clique aqui e preencha o formulário.

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