RH 4.0: quais os maiores impactos para a gestão de pessoas?

Criado em: 25 de junho de 2020Atualizado em: 27 de maio de 2022Categorias: Recursos humanos6 min de leitura

Nas últimas duas décadas, o RH mudou muito. Hoje, é um setor moderno, conectado e estratégico, alinhado à chamada quarta revolução industrial. Essa transição de um setor estritamente burocrático para outro moderno ganhou um nome: RH 4.0.

Três palavras resumem o RH 4.0: tecnologia, dados e estratégia. Esse novo setor conta com tecnologias que permitem aproveitar dados em seu favor, no intuito de gerar estratégias capazes de promover ganhos e reduzir gargalos. Logo, toda a empresa é beneficiada.

Nos tópicos seguintes, explicamos como esse novo modelo de RH influencia a gestão de pessoas e quais são os benefícios esperados. Portanto, continue sua leitura!

Adoção de dados para decisões

Algumas estudos apontam que um adulto comum toma mais de 35 mil decisões ao longo do dia. Dentro do RH, essas decisões são poderosas — como quem contratar, promover ou demitir. Dessa forma, não podem contar com muita margem de erro.

Em vista disso, o RH 4.0 tem promovido uma grande transformação: o uso de grandes volumes de dados para melhorar a tomada de decisão. Sendo assim, o foco deixa de ser o achismo do gestor e passa a ser os dados (volumosos, variados e verídicos).

Para fazer a seleção de um bom profissional, por exemplo, é possível cruzar dados sobre a vaga disponível, os candidatos em potencial e o mercado de trabalho, em seguida extrair informações sobre média salarial desejada e benefícios complementares.

Esse movimento tem tornado o RH mais minucioso, dependente de dados. Isso é algo extremamente positivo, pois reduz significativamente o número de erros e injustiças que poderiam ser cometidos antes. Também promove mais resultados positivos.

Automação de processos diários

Outro impacto é a automação dos processos. O RH tradicional realizava quase tudo manualmente. Era preciso imprimir avisos de vagas e fixá-los em pontos estratégicos, em seguida analisar os currículos recebidos (um a um), até encontrar bons candidatos.

Hoje, softwares automatizam boa parte do trabalho. Você pode anunciar vagas online e programar software para triar os currículos, considerando os requisitos preestabelecidos. Ou seja, investirá minutos para realizar um trabalho que, antes, demandava alguns dias.

Nesse aspecto, a automação do RH pode ser vista como o processo de substituição, total ou parcial, do trabalho manual pelo de sistemas avançados. Isso permite que o gestor foque em tarefas mais estratégicas, como entrevistas, testes em grupo e análise dos resultados.

É preciso esclarecer que só as atividades que atendem a um padrão (portanto, exigem menos criatividade) costumam ser automatizadas. Obrigações que dependem de um olhar profundo e visão estratégica continuam nas mãos dos gestores de recursos humanos.

Flexibilização do trabalho

O RH nasceu em um período em que o expediente de trabalho era extremamente rígido, com horário certo para entrar e sair. Também não era possível fazer muita coisa fora da empresa, pois todas as máquinas e ferramentas, essenciais ao trabalho diário, estavam lá.

Esse cenário certamente não descreve o RH 4.0. Hoje, quase todo o trabalho pode ser feito fora da empresa. Você pode realizar entrevistas à distância por vídeo, acessar relatórios do RH na nuvem e aplicar testes de proficiência online — tudo isso com alta qualidade.

Essa flexibilização ocorreu graças a três grandes mudanças:

  • a disseminação de internet de qualidade;
  • a cultura de trabalho fora da empresa (como o home office);
  • o surgimento de tecnologias de computação em nuvem.

Hoje, boa parte das tecnologias de gestão de pessoas operam em nuvem. Você pode fazer seu login e senha de qualquer lugar e começar a trabalhar. Isso, além de comodidade, gera produtividade e também promove melhores experiências aos colaboradores e candidatos.

Digitalização dos processos de RH

A digitalização de processos também precisa ser considerada. Muitos trabalhos que ocorriam de maneira física, hoje, podem ser executados por meio de sistemas. Isso torna a atividade diária mais fluida e interessante, sem entraves desnecessários.

Um ótimo exemplo é o processo de treinamento e desenvolvimento. Atualmente, toda empresa pode preparar seus colaboradores pela internet, reduzindo os custos de encontros presenciais. Esses treinamentos são acessados até mesmo pelo smartphone ou tablete.

Muitos outros processos podem ser digitalizados, como a distribuição de holerites, a entrevista com candidatos e a gestão dos benefícios complementares. Tudo isso pode ser feito por meio de bons softwares, mantendo-se um elevado padrão de qualidade.

Algumas tendências estão levando a digitalização a um novo nível. O uso de realidade aumentada (RA) e da realidade virtual (RV), por exemplo, já permitem criar uma extensão digital do mundo real, tornando quase ilimitadas as possibilidades de gestão de pessoas.

Melhoria da comunicação empresarial

Outro impacto do RH 4.0 é a melhoria da comunicação empresarial. A comunicação é um elemento-chave para o sucesso de qualquer empresa. Sem ela, o número de erros, acidentes e conflitos interpessoais tende a ser muito superior e prejudicial à administração.

Com os avanços já mencionados, uma série de tecnologias surgiram para melhorar o diálogo em todos os seus níveis. Isso torna mais fácil a comunicação entre os líderes e seus liderados, bem como entre colegas que estão no mesmo nível hierárquico.

Muitas ferramentas de comunicação podem ser mencionadas, como os sistemas de gestão de tarefas, plataformas de controle de projetos ou mesmo softwares dedicados à comunicação interna empresarial. Todas elas, em maior ou menor grau, geram fluidez ao diálogo.

Enfim, agora você está por dentro do assunto, veja que o RH 4.0 já promoveu muitas transformações na gestão de pessoas, tornando-a mais acertada, ágil e flexível. No entanto, essas transformações não pararam. As tecnologias estão em constante avanço, o que quer dizer que a gestão de pessoas continuará sendo influenciada.

Nesse contexto, cabe ao gestor de pessoas adotar uma filosofia de melhoria contínua. Ficar satisfeito com o estado atual das coisas não é suficiente; é necessário querer fazer mais e melhor. Ou melhor, é preciso apostar na adoção de tecnologias de ponta, para que, assim, a empresa e profissionais serão beneficiados, aproveitando o melhor do que a tecnologia pode oferecer.

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